Ariodante (1996)

Em 8 de janeiro de 1735, no Covent Garden, em Londres, Georg Friederich Handel apresentou sua nova ópera Ariodante com libreto de Antonio Salvi adaptado por Paolo Rolli e inspirado em Ariosto.A ópera não ganhou imediatamente o favor do público e, portanto, não forneceu uma solução definitiva para o destino da empresa de Handel, mas com o tempo foi compreendida e apreciada e permaneceu em cartaz entre os títulos mais bem-sucedidos e interessantes.A atenção particular de Handel ao aspecto expressivo foi provavelmente a razão para o sucesso comercial limitado da ópera: os personagens se encaixam apenas parcialmente nos tipos habituais de ópera da época.A tendência a formular padrões autônomos no gênero expressivo também é sublinhada por um ilustre contemporâneo, John Mainwaring, em suas Memórias da vida de George Frederick Handel.Extraordinária é também a força da composição instrumental, que novamente em Ariodante pretende-se ora como suporte às vozes ora independentes, coincidindo com passos na sinfonia e com motivos dançantes deliciosos.Nesta produção do Festival Spoleto, em seu 50º aniversário, Alan Curtis rege o Complesso Barocco e uma extraordinariamente ágil Ann Hallenberg no papel-título.Cenas e figurinos de John Pascoe.Juntamente com Giulio Cesare e Rodelinda, Ariodante é considerado uma das obras-primas da ópera de Handel.Foi composta para o teatro Covent Garden de Londres, onde foi apresentada pela primeira vez em 8 de janeiro de 1735.Alan Curtis e seu Complesso Barocco estão entre os melhores especialistas em música barroca, e gravam regularmente para Virgin, Deutsche Grammophone e agora também para Dynamic.Graças ao toque interessante e pessoal do realizador Alan Pascoe, esta produção surge como um espetáculo muito credível.Pascoe e Curtis, aliás, já obtiveram notável sucesso com Ercole sul Termodonte de Vivaldi, publicado pela Dynamic em 2007