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Celendin, uma comunidade no alto dos Andes peruanos, está à beira da modernidade. A celebração anual do seu santo padroeiro, está em pleno andamento, com fanfarras e desfiles à luz de velas que coexistem com música amplificada e dançarinos eróticos. Apesar dos protestos das autoridades religiosas e de um evangelista excêntrico, as elaboradas exibições de fogos de artifício são uma característica consagrada pelo tempo e indispensável da festa. A pólvora, moída à mão em antigos moinhos de pedra, pode ser traiçoeira. Percalços diabólicos atormentam Cesar, o artista pirotécnico local. A má sorte exige um ritual de exorcismo com Jesus, o curandeiro. As festividades ganham força, uma espetacular queima de fogos atende às expectativas da comunidade e restaura a autoconfiança de Cesar. Brincando com Fogo explode na tela em uma profusão de cores e um retrato caleidoscópico de uma comunidade andina.