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Um livro destruído por um sabujo despertará memórias e anedotas na forma de três videocartas endereçadas a Berenice.As cartas visam convidá-la para um reencontro para relembrar os velhos tempos.Você vai aceitar o convite?Estas são "cartas".Mas, na realidade, ele é um cineasta que se mede em relação ao presente e ao passado;com a cidade de Quito;com a amizade de uma mulher que vive na memória,mas cujo rosto gradualmente se desmaterializa,como a Berenice de Poe.O diretor refletiu em voz alta por algum tempo,como num tenaz solilóquio de Horacio Castellanos Moya.Mas,enquanto ele faz diatribes,em Berenice há mais uma elegia;ou uma suspensão de julgamento que é expressa,para fins retóricos,assertivamente,com uma convicção típica de quem já sabe,na realidade,que tudo é inútil,que tudo foi dito,que Berenice não vai chegar.Entre o colorido e o preto e branco,entre fragmentos resgatados da história do Equador,só há uma coisa certa: a única coisa que nunca morre é o passado.