Living Bodies (2022)

Segundo o Ministério Público hondurenho,durante a pandemia de 2020,foram mais de 100,000 ligações para o 911 de mulheres relatando que foram vítimas de violência doméstica.Dessas chamadas,menos de 30% foram atendidos pelas autoridades.Living Bodies é um documentário que retrata uma sociedade submersa na indiferença e no silêncio.Vemos através de uma viagem com a câmera um dia no cotidiano da cidade.Janelas,ruas,varandas,apartamentos,prédios e residências.Quando vemos os fragmentos de uma cidade,ouvimos os telefonemas de mulheres em busca de ajuda no 911.Ao mesmo tempo em que olhamos para um mosaico de corpos de diferentes idades,ombros,cotovelos,toupeiras,cabelo grisalho,rugas e cicatrizes,ouvimos o testemunho de Amara.Uma hondurenha de 22 anos que sofreu violência nas mãos de seu companheiro.Seu depoimento reflete os estereótipos aos quais as mulheres são submetidas desde tenra idade na América Latina.Living Bodies torna-se um documentário experimental que busca,através da sensualidade das imagens e sons,para reivindicar o empoderamento dos corpos femininos e destacar os estereótipos nocivos aos quais as meninas,mulheres jovens e mulheres estão expostas no país.