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No filme original, o artista belga Paul Haesaerts se esforça para reduzir as máscaras do Congo a um portal para elucidar a experiência do povo africano, um povo que ele considera "estranho". Nesta releitura do diretor Matthias De Groof, também da Bélgica, a voz e a narração francesa, a língua do colonizador, sai de cena, e assim ouvimos as máscaras falarem. Eles nos olham e, em lingala, a língua bantu, carregam os ventos e raios de um dos textos mais consagrados do poeta Aimé Césaire: "Discurso sobre o colonialismo".