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"Envelhecer não é para maricas", afirma um dos personagens do aclamado romance de Jáchym Topol, que, segundo um crítico, é "um relato cômico e brutal do outro lado da vida" e agora aparece vagamente adaptado para um filme de Tomás Klein, um dos mais talentosos diretores tchecos. Este drama sombriamente grotesco segue por mais de um caminho. Existe o caminho real - às vezes sombrio, às vezes louco - pelo qual papai Mour, um ator itinerante, sua esposa mamãe e seus dois filhos tentam voltar para casa; e depois há o imaginário - mais sinuoso e empoeirado - ao longo do qual a agitação da juventude intelectual (ou imaturidade, como diriam os pessimistas) rivaliza com as circunstâncias que obrigam o protagonista a adquirir sabedoria. Uma fantasia cinematográfica inquieta e picante sobre o amor, o medo da solidão e os filhos olhando atentamente para o pai.