Voyage au Congo (1927)

Parceiro de amor do escritor André Gide, bem como seu companheiro de viagem em sua jornada para as colônias francesas da África Central, Marc Allégret decidiu filmar seus 11 meses de peregrinação no continente exótico, embora despojando o elemento de aventura. Ao contrário do tipo de documentários recém-estabelecidos, como Nanook do Norte, que se valeu do suspense para permear a ação com qualidades épicas, Allégret, apesar de não ter formação prévia em cinema, mostrou-se pioneiro ao criar uma narrativa estritamente etnográfica- tipo de documentário dirigido. A abordagem de sua câmera é delicada ao capturar o olhar de um homem branco privilegiado em um mundo de pureza natural e espiritual, abrindo caminho para um novo gênero cinematográfico.