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Um dia, no empobrecido Brasil do Nordeste, um menino nos disse com um sorriso: "Não tenho nada, só tenho a minha vida". Essas palavras tiveram um efeito duradouro sobre nós. De onde tiram força e resistência as pessoas que só têm a vida? O filme conta a história universal de duas crianças tentando encontrar seu lugar em um mundo brutal. Eles se perguntam todos os tipos de questões existenciais. Essa intimidade com seus pensamentos está no cerne do filme. A câmera visa ser leve e sentir cada emoção, o mais próximo possível dos rostos enquanto olha profundamente nos olhos. O que fervilha dentro deles é a marca de uma humanidade que compartilhamos com eles, que nos liga a eles e que é vital para nós.