Mohamed Diab

Mohamed Diab é um escritor e diretor premiado, cujo trabalho costuma se concentrar em questões urgentes relacionadas à sociedade egípcia. Ele é conhecido por seu filme de estreia na direção Cairo 678 (Les Femmes du bus 678), que foi lançado um mês antes da revolução egípcia e foi considerado pelo New York Times "um precursor inconfundível dessa revolução". Paulo Coehlo tuitou sobre o filme chamando-o de "brilhante" e dizendo "deveria ser obrigatório para os homens, independente de sua religião / cultura, assisti-lo". Diab escreveu os filmes da franquia egípcia El Gezira (A Ilha), que são considerados os filmes egípcios e árabes de maior bilheteria de todos os tempos. Os filmes giram em torno de um tirânico traficante de drogas em uma ilha no Alto Egito. El Gezira é frequentemente citado e referenciado na cultura pop egípcia e também foi a indicação egípcia de 2007 para o Oscar. Depois de estar fortemente envolvido na revolução egípcia de 2011, Diab queria fazer um filme sobre a revolução. Demorou 4 anos para desenvolver Eshtebak (Clash) que inicialmente era um filme sobre a ascensão da revolução, mas acabou sendo um filme que captura a queda da revolução. O filme se passa na sequência violenta da derrubada do presidente Morsi do partido Irmandade Muçulmana. Conflitos violentos estouraram em todo o Egito entre apoiadores da Irmandade Muçulmana e apoiadores militares. O filme inteiro é filmado dentro dos limites de um caminhão de choque da polícia. Tematicamente, o filme explora a condição humana e as raízes do terrorismo. O filme recebeu bolsas e fundos da San Francisco Film Society, CNC aide au Cinémas du Monde e Arte France. Eshtebak (Clash) foi oficialmente selecionado para a categoria Un Certain Regard do Festival de Cannes 2016. Além de cineasta, Diab é conhecido por sua participação vocal na revolução egípcia de 2011, que lhe rendeu um prêmio Webby. Seu papel na revolução é narrado no best-seller da Amazon "Rising From Tahrir".